Uma cidade auto-sustentável é aquela que produz, armazena e recicla recursos suficientes para o sustento da população envolvida, com dignidade, com mínimo impacto sobre o meio-ambiente circundante, dando o tempo necessário para a natureza recompor seus recursos renováveis
domingo, 19 de setembro de 2010
Designers propõem um novo metrô suspenso
A Bienal Brasileira de Design, que ocorre em Curitiba, no Paraná, conta com projetos interessantes, desenhados por jovens recém-formados. Um deles chama a atenção. É o Sistema Suspenso de Transporte, projetado pelos alunos Elisa Irokawa e Rafael de Oliveira Costa, da Universidade Estadual de Minas Gerais.
O objetivo dos dois designers é solucionar os problemas de transporte público, que atingem as grandes metrópoles brasileiras. A partir de torres de aço carbono e um par de estrutura elevada onde são fixados os trilhos, os vagões mais estreitos e mais leves se deslocam em suas laterais por meio de tecnologia de eletromagnetismo, usando energia limpa.
Na visão dos desigers, essa nova forma supsensa de metro poderia desafogar o trânsito caótico das grandes cidades. O projeto faz parte do programa Design Excellence Brazil e é finalista do IF Concept Award, na Alemanha. A Bienal Brasileira de Design segue até o próximo dia 31 de outubro.
Fonte: Exame
sábado, 11 de setembro de 2010
Solução para problemas de sustentabilidade é melhor gestão da cidade
O arquiteto consultor das Nações Unidas na área do urbanismo, Jaime Lerner, afirmou em Lisboa que a luta pela sustentabilidade e qualidade de vida passa por uma melhor gestão das cidades.
Jaime Lerner foi orador na abertura do Green Festival 2010, evento de sustentabilidade no Centro de Congressos do Estoril, Cascais, com um discurso que, segundo disse à Lusa pretendeu mostrar que «a cidade é possível».
Reconhecido como modelo no que toca ao ambiente e ao planejamento urbano, Jaime Lerner considera que as cidades têm de unir funções, conciliar a estrutura de vida e trabalho.
«Para chegar à sustentabilidade é necessário, em primeiro lugar, usar menos o automóvel e para isso as cidades são obrigadas a prover bons sistemas de transporte público», sustentou, sublinhando que a sustentabilidade é «a equação entre aquilo que se poupa e que se desperdiça».
Separar o lixo e encurtar a distância entre casa e o trabalho são outras das formas de se diminuir o problema.
Contudo, realçou, «não é isso que se vê em muitas cidades do mundo. Há guetos de gente rica, guetos de gente pobre e pessoas a quererem morar na cidade, mas fora dela. Isso traz desperdício de energia e todo o tipo de problemas».
O arquiteto classificou as cidades portuguesas como «belíssimas» e deixou alguns conselhos: «É muito importante que mantenham a sua identidade, sigam a trilha dos seus caminhos e da sua memória, não copiem modelos e não adoptem soluções que separem as pessoas umas das outras».
Eleito pela revista Times como uma das personalidades mundiais de 2009, o trabalho de Lerner ficou marcado pela sua gestão da cidade de Curitiba, no Brasil, onde, enquanto chefe do município, alterou radicalmente o sistema de transportes, zonas verdes e o tratamento de resíduos, tornando aquela numa das cidades mais exemplares a níveis ambientais.
Fonte: sol.sapo.pt
domingo, 15 de agosto de 2010
Grandes prédios têm lucro com sustentabilidade
Dois grandes e bons exemplos de sustentabilidade acabam de vir de cima: o tradicionalíssimo edifício Empire State Building, em Nova York (Estados Unidos), e o condomínio Dockside Green, em Victoria (Canadá).
Após a conclusão do programa de reabilitação energética do prédio, a expectativa é que o Empire State reduza seu consumo de energia em mais de 38%, os custos com energia em US$ 4,4 milhões por ano (cerca de R$ 7,9 milhões), e as emissões de carbono em 105 mil toneladas nos próximos 15 anos.
No Canadá, a diferença é que a iniciativa já existe, e os ganhos à natureza são notáveis. Situado ao norte da cidade de Victoria, o complexo de edifícios de 70 mil m² não destruiu o ambiente, mas cedeu espaço a ele. Além de aprimorar a rede de lagoas e canais e torná-la ‘habitável’ para plantas e animais, a administração criou também um riacho artificial que circula água reciclada em uma usina subterrânea de tratamento de esgoto.
Há também turbinas de ventos nos telhados e sistemas de ventilação com ar externo e de uso de energia solar. Com isso, não há necessidade de uso de combustíveis fósseis para proporcionar calor à região. Originalmente uma sociedade entre um grupo de aprimoramento de moinhos de vento e o sindicato de crédito canadense, o projeto foi orçado em cerca de R$ 852 mil. O resultado para os moradores é que as contas de energia e de água juntas não chegam a R$ 25 (15 dólares canadenses).
Fonte: Andrés Bruzzone Comunicação
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
'Ônibus-túnel' é proposto para resolver problema de trânsito na China
Um novo projeto de ônibus promete resolver os problemas de trânsito na China. A empresa de engenharia Shenzhen Huashi Future Parking Equipment está propondo que o governo adote um ônibus que oferece livre passagem para os carros, mesmo quando está parado no ponto para pegar passageiros. É praticamente um "ônibus-túnel".
Batizado de “3D Express Coach”, o veículo de 4,5 metros de altura tem um design inovador. Como se pode ver no croquis do projeto, os passageiros ficam confortavelmente sentados no nível superior. A capacidade máxima é de 1400 passageiros por vez. O ônibus atinge velocidade de 60 km/hora. Mas o melhor é que o projeto leva em conta a busca por menores índices de poluição: o ônibus elétrico funcionaria a base de energia solar.
Graças à tecnologia de radar aplicada a scanners dentro do ônibus, os carros que “atravessam” o interior do veículo são avisados por um ruído sonoro quando por acaso se aproximam muito das paredes internas. E, no caso de algum acidente, o ônibus conta com uma rampa inflável semelhante a dos aviões, por onde os passageiros poderiam escorregar sem qualquer risco.
Sancionada lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos
Cabe aos governos municipais, a partir desta sanção, elaborar um Plano Integrado de Resíduos Sólidos. Neste documento, os Municípios terão de diagnosticar a situação dos lixões e estabelecer metas para reciclagem de materiais, além da criação de aterros sanitários adequados. Para isso os Municípios receberão verba do governo federal. Porém, esse recurso só será liberado mediante apresentação do plano.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê ainda o fim dos lixões a céu aberto, um dos destaques do texto segundo a CNM. E ainda proíbe a presença de catadores de lixo e da criação de animais nos aterros sanitários onde os resíduos serão armazenados.
Ela incentiva a participação da sociedade na pratica de separar o lixo orgânico dos resíduos aptos para reciclagem e determina às empresas que recolham materiais recicláveis oriundos de produtos como pneus, latas, garrafas, embalagens de agrotóxicos, entre outros.
sábado, 22 de maio de 2010
Lilypad, uma ecocidade flutuante
Projeto da maior cidade vertical em Dubai
Agora o Xeique (dono de Dubai) pretende construir em Dubai, através de consórcios com as maiores construtoras do mundo, a maior estrutura da Terra, a "Cidade Vertical". Com 2,4 quilometros de altura, o composto de vários prédios (1 central e 3 ao redor) seria nada mais nada menos que 3 vezes maior que o futuro maior prédio do mundo, o citado Burj Dubai. Sua base seria do tamanho de pequenas cidades brasileiras e o prédio abrigaria dezenas de escritórios, condomínios residenciais, hoteis, supermercados, lojas e até parques temáticos.
Seu sistema seria composto de "microcidades", independentes, onde o morador tivesse tudo ali, ao lado.
Sua localização seria na costa, ou melhor, praticamente "dentro do mar", sendo possível que grandes embarcações atracassem diretamente numa das portas principais do prédio.
Pirâmide 'high tech' gigante seria capaz de abrigar 1 milhão de pessoas
Batizada de 'Ziggurat', a cidade planejada seria gigante: só a base ocupa uma área de 2,3 quilômetros quadrados. No ponto mais alto, ela teria 1.200 metros, mais do que o maior prédio em construção do mundo, o Burj Dubai, que deve atingir 820 metros quando for inaugurado em 2009.
Os arquitetos argumentam, no entanto, que a obra é ecológica, já que ela ocuparia 10% da área normalmente utilizada para abrigar 1 milhão de moradores. "Os outros 90%, por exemplo, podem ser utilizados como área de agricultura", afirma o diretor da empresa responsável pelo projeto, Ridas Matonis. Além disso, o prédio eliminaria a necessidade de produção externa de energia elétrica.
O transporte seria feito por uma rede de monotrilhos e elevadores ligados por todo o prédio, reduzindo a necessidade de automóveis. Os sistemas seriam controlados por um computador central. Como para acessar áreas restritas do prédio as pessoas precisam se identificar - pelos sensores de biometria -, um computador vai controlar a necessidade de serviços de transporte em cada área em tempo real.
Uma maquete e o projeto final do 'Ziggurat' serão apresentados na convenção de arquitetura Cityscape Dubai, que ocorre em outubro nos Emirados Árabes.
Projeto de ecocidade ao sul de Seoul, Coréia do Sul
Masdar pretende ser a primeira cidade auto-sustentável do mundo
A cidade de Masdar, em Abu Dhabi (o maior de todos os sete Emirados Árabes, pretende ser a primeira cidade auto-sustentável do mundo. A cidade, que estará concluída em 2014, minimiza as necessidades energéticas, não utiliza combustíveis fósseis, é livre de emissões de gás e será abastecida por energias renováveis. Todos os resíduos gerados são reciclados ou eliminados sob a forma de inertes. As ruas estão reservadas para transportes públicos (metro ligeiro, eléctrico e táxis).
Concebido pela empresa britânica Foster and Partners, este projecto, lançado em 2006, deverá estar concluído em 2014, embora os primeiros moradores cheguem no próximo ano.
Está prevista a construção de uma grande central eléctrica fotovoltaica que irá fornecer a energia necessária aos trabalhos de construção. Nos subúrbios serão colocados parques eólicos e, também está prevista a construção de uma grande fábrica de hidrogénio.
O projecto foi elaborado de forma a minimizar as necessidades energéticas da cidade. Assim, o traçado das ruas facilita o movimento contínuo do vento. As avenidas são estreitas e sombrias para incentivar as deslocações a pé e para minimizar o calor do deserto. Os edifícios, cujo desenho arquitectónico e de grupo irá respeitar a tradição do lugar, terão entre quatro e seis andares e não devem exceder os 40 metros de altura. O perímetro urbano, que terá uma extensão de seis quilómetros quadrados, vai acolher cerca 50.000 habitantes e 15.000 empresas.
Os telhados dos prédios terão painéis solares e será através da energia do Sol que a fábrica de dessalinização irá fornecer água para toda a cidade. Cerca de 80% da água será reutilizada, ficando as necessidades de abastecimento de água 60% abaixo do que numa cidade normal.